“É
nossa própria mente, não o adversário ou inimigo, que nos leva ao caminho do
mal.” Com esta conhecida citação de Buda o episódio desta semana se inicia
trazendo um tipo de delito relativamente comum nos dias de hoje: crimes
cometidos por pessoas que possuem doenças mentais. Não raro acompanhamos
diversos casos onde o criminoso mata outra pessoa, por estar em um surto
psicótico, paranóico ou alucinando. Até pouco tempo atrás, uma doença mental
era motivo de internação para toda a vida. Com os inúmeros tratamentos e vasta
medicação, não raro pessoas acometidas por doenças mentais conseguem levar uma
vida relativamente normal. No entanto, sem acompanhamento ou medicação, estas
pessoas podem cometer atos dos quais sequer têm consciência de terem cometido.
Este é um dos motivos pelos quais crimes deste tipo tornaram-se mais freqüentes
nos dias de hoje. E este é também o caso do unsub do episódio desta semana.
Diagnosticado
com esquizofrenia paranóide, Daniel Lee presencia a morte de sua mãe ( também portadora
da mesma doença) que é assassinada a sangue frio. O assassino, sabe-se a
seguir, viera matar não a mãe de Daniel, mas muito provavelmente Patrícia, inquilina
da casa, mãe de Milena, e ex esposa do criminoso.
A
partir da morte da mãe, o nosso unsub, que deixa de tomar sua medicação ( já
que não tem mais sua mãe, responsável por este controle ), passa a sentir-se
cada vez mais tomado de culpa, responsabilizando a si próprio pelo ocorrido.
Isto faz com que ele desenvolva uma necessidade de proteger a todos que estão à
sua volta. Alucinando, ele sai matando pessoas que ele acredita estarem
colocando outras em perigo. Ao final do episódio ( para os mais experientes e
atentos lá pelo meio) descobrimos que também Patrícia e Milena são alucinações,
pois ele já as matou anteriormente ( possivelmente por responsabilizar Patrícia
pela morte da mãe, visto que ela era o alvo).
O
episódio teve um roteiro bem completo e amarrado, deixando bem explicada a
motivação de Daniel e as situações que o levaram a matar. Embora lembre
vagamente outro episódio de Criminal Minds ( Normal – 04x11), a história é
concisa e funciona muito bem na telinha.
Contando com boas interpretações do elenco convidado ( em especial Joe Adler
que interpreta Daniel de forma contundente e emocionante, sem cair na armadilha
do caricato), por ser uma história relativamente simples, nota-se o esmero de
sua produção. Tomadas criativas e boa fotografia ganham mérito onde não há
espaço para pirotecnias e muita ação.
Este
é um daqueles casos onde não se sabe bem quem é o culpado, visto que pelo
trauma e pela doença pré existente, raramente Daniel seria punido com prisão. A
morte das vítimas é quase uma fatalidade, visto que não há intenção, por parte
do unsub de matar pessoas inocentes. Sua intenção chega a ser inocente, já que
ele se acha na obrigação de proteger a todos.....
Ao
final, de quebra, fica um gancho para a Season Finale, sugerindo que a sobrinha
de Kate Callahan e sua amiga também adolescente serão seqüestradas. Meg sai escondido
de casa enquanto sua tia ainda está trabalhando no BAU para ir a um show e pega
carona com a suposta mãe de um amigo. Como já foi sugerido no início da
temporada, os seqüestradores deverão estar envolvidos de alguma forma com o
tráfico de humanos, não se sabe bem ainda para qual propósito. Certamente este
será o tom do episódio final desta temporada e o provável desfecho envolverá
uma solução para a gravidez da atriz Jennifer Love Hewitt, que ainda não se
sabe se seguirá com seu trabalho em Criminal Minds ou deixará a série para
ficar com sua filha prestes a nascer. Agora é só aguardar o encerramento para
ver se esta temporada, que apresentou episódios de excelente qualidade,
consegue um fechamento à altura.
Até
a próxima!
Também gostei bastante do episódio, teve mais a cara de Criminal Minds. Adorei o comentário sobre o Mattheu concordo plenamente. Beijos
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