terça-feira, 29 de abril de 2014

Criminal Minds 9×21: What Happens In Mecklimburg - Review


 921_WHAT_HAPPENS_IN_MECKLINBURG.jpg  22
Como toda a série de sucesso, principalmente uma série que já vai para seu décimo ano de exibição, temos sempre os altos e baixos, os episódios incríveis e aqueles que apenas “cumprem tabela”, ou seja, exercem sua função, sem necessariamente impressionar.
What Happens In Mecklimburg encontra-se na segunda categoria acima mencionada. Um episódio totalmente burocrático, sem muitas surpresas ou inovações. Não que o tema não tenha sido interessante, muito pelo contrário. Em uma semana em que tivemos um caso de certa forma semelhante, sendo investigado pela polícia, envolvendo alunos da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e outro na Faculdade de Jornalismo Cásper Líbero, nada poderia parecer para nós, telespectadores, mais atual. Trotes universitários, ao que parecem, sejam aqui no nosso país, sejam no tão suposto evoluído país norte americano, continuam sendo desprezíveis e totalmente desnecessários. A violência imposta  ( aqui e, eventualmente lá, já que os episódios são sempre baseados de alguma forma em casos reais) é absolutamente irracional, inaceitável e criminosa. Mesmo que tais eventos não terminem em um crime fatal, como nos episódios brasileiros, na maioria das vezes eles deixam sequelas as quais os calouros não esquecerão tão cedo, e, na pior das hipóteses, irão repetir com os próximos calouros tal agressão.
Mas voltando ao episódio, por que, já que o tema demonstrou-se tão atual quanto realista, ele não funcionou perfeitamente? Em minha humilde opinião, os fatos foram todos óbvios demais para criarem algum tipo de suspense. A máscara usada pela unsub tornou tudo ainda muito mais fácil de se deduzir e, de certa forma, agiu de forma contrária, facilitando ainda mais a identificação do tipo de crime.
Não foi exatamente um problema com o elenco convidado. Nem tão pouco com nossos astros recorrentes. Apenas não houve um clímax, não houve evento que nos causasse espanto, não houve nada que gerasse grande empatia. O roteiro foi correto e apenas isto. Sem falhas e buracos, mas também sem nada de excepcional. A irmã querer vingar-se daqueles que provocaram a morte da vítima foi algo a decifrar-se nos primeiros momentos do episódio. Também não houve nada em especial para que Garcia descobrisse com seus dedos mágicos. Tudo indicava para algo óbvio e fácil de ser deduzido. Enfim, não é toda semana que podemos contar com um episódio fantástico, destes de abalar estruturas. O momento da morte de Lauren não foi impactante o suficiente e mesmo uma das vítimas ingerir soda cáustica e ser sodomizada não gerou a tensão esperada pelo evento.
Uma coisa que ficou meio mal esclarecida para mim foi o Reid acessar a memória de alguém tão altamente embriagado durante a festa. Entrevistas cognitivas funcionam bem desde que não embaçadas pelo álcool ou drogas. Nestes casos, não se pode dar ampla credibilidade às lembranças acessadas.
Outra coisa mal explicada foi o médico mudar seu relatório tão somente para não prejudicar o rapaz, capitão do time da universidade. Ao que me pareceu, ele não tomou tal atitude sob a pressão de um representante da entidade e sim, apenas por conhecer o jovem. Estranho um médico arriscar sua carreira apenas para proteger um estuprador, visto que ao que parece, a escola não havia lhe pressionado para tal atitude.
29c54daf3d500590ba494a87a35158fd-26876-512-341
Houve também o “ momento equipe da semana”. Desta vez, foi Morgan, com seus desencontros com Savannah, deixando-a no vácuo por um caso em Memphis, na semana em que seus possíveis sogros estariam chegando para conhecê-lo. E como cabe a um bom machão, compadecer-se de sua amada, pobre coitada, que não merece ter a ele, homem extremamente solicitado profissionalmente, aguentá-lo. Às vezes acho que falta assunto para explorar na vida particular dos agentes. São dois adultos, ela médica em exercício, ele agente do FBI. Não estamos falando de dois auxiliares de escritório ( não desmerecendo a função, mas com certeza, trabalho este bastante diferente dos exercidos pelo casal). Mas, enfim, mesmo que para mim não cole, não significa que não tenha agradado à maioria dos telespectadores. Ainda assim, acho incrível que precisasse vir a JJ para dizer a ele que agentes podem sim ter um relacionamento sério. Isto posto, faço crer que não existam apenas solteiros e divorciados na verdadeira divisão do BAU americano. Ou entre soldados que servem em guerras e ficam longos períodos longe de , ou entre Médicos sem Fronteiras, ou entre pesquisadores em geral, ou talvez diplomatas, isto para dizer apenas alguns casos. Tal argumento me pareceu meio fraco, se discutido com uma médica cujos horários também não devem ser o paraíso. Mas enfim, serviu para render a tão esperada cena romântica entre o nosso chutador de portas preferido e sua amada.
Relendo o que escrevi parece até que odiei o episódio. Não exatamente. Apenas creio que ficamos mal acostumados com uma temporada cheia de estórias interessantes, bem contadas, bem dirigidas e “What Happens In Mecklimburg” deixou a desejar neste contexto. Ainda assim, vou dizer minha máxima sobre a série: mesmo um episódio não muito bom de Criminal Minds ainda é sempre um episódio muito interessante.
Até a próxima!

Nenhum comentário:

Postar um comentário