segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Sobre O Amor A Um Time



Por favor órgãos de imprensa e população em geral, parem de usar o termo “torcedores corinthianos” para qualquer um, pessoas que fazem vandalismo e cometem crimes com a camisa de um time não são torcedores, são bandidos e devem ser tratados como tal. Digo o mesmo acerca dos criminosos que depredaram o patrimônio público e privado na frente da porta da Arena Palmeiras. E assim para todo e qualquer time. Não podem ser torcedores do meu Corinthians ou do São Paulo, Santos, Palmeiras, Flamengo, Vasco, vândalos que desclassificam e desonram o nome sagrado que representa tantas pessoas de bem.

Minha paixão pelo meu time é herança orgulhosa do corinthiano mais íntegro, honesto e humano que conheci, meu avô, Sr. Antonio Gutierrez, cuja paixão pelo clube nasceu desde muito cedo. Assim como a paixão de meu irmão pelo seu time, São Paulo,foi herança de meu pai, avô paterno e tio e cabe aqui mencionar que integridade e honestidade são os adjetivos que melhor definem meu irmão Mauro Ratto .

Desta forma, além de sentir-me profundamente ofendida quando vejo um repórter chamando um criminoso que usa a camisa do meu time de “torcedor”, imagino que a grande maioria dos torcedores de bem dos mais diversos times também se sintam desconfortáveis. É gostoso brincar com amigos, zoando-os quando perdem e da mesma forma aceitando as brincadeiras quando a vitória não é nossa, sempre de forma respeitosa, sem ofensas pessoais, sempre deixando a rivalidade intrínseca e imensa dentro do campo de futebol, afinal sem um tremendo adversário nenhuma vitória é realmente bem aproveitada. Daí a ser comparada a pessoas de péssima índole, sem educação, sem senso de civilidade, acostumados a criar confusão sem serem punidos vai uma distância imensa.

Ser um torcedor apaixonado é algo meio sem explicação. É meio como sofrer por um problema que você não criou, mas cujas conseqüências você irá arcar. Você quer ignorar o clássico, mas seu coração dá um salto diferente naquele domingo. Você não é supersticiosa, mas por via das dúvidas, mantém teu pequeno ritual, sabe como é, não custa tentar. Você se inflama durante o jogo, xinga, chama por Deus sem necessidade e sua um balde até o jogo acabar. Ser torcedor é ter orgulho de dizer que torce pelo teu time, mesmo quando você está cercado por pessoas do teu maior rival. Ser torcedor é tudo isto e muito mais, mas o que não é ser torcedor, é cometer atos vergonhosos usando uma camisa que merece respeito e prejudicar seu time com punições, com a necessidade da torcida única, com o medo que se instala aos honestos de comparecerem em família ao estádio para se divertir, para torcer e para passar em paz aquelas duas horas e pouco de um dia de jogo.

Enquanto não se tratar o vândalo como vândalo, o criminoso como criminoso, isto não vai melhorar. Os clubes precisam se posicionar a respeito das torcidas organizadas, repudiando e inibindo tais práticas e a polícia precisa tratá-los como civis que praticam atos ilícitos e não como atos de uma torcida inteira. Os estádios precisam voltar a ser da população como um todo e não reduto de torcidas organizadas que abrigam bandidos que anarquizam e atormentam a vida do torcedor comum.

Bandidos existem em todos os setores, em todas as profissões, em todos os meios. Não podemos permitir que trastes desta espécie manchem o orgulho que temos por torcermos pelo nosso time do coração!
Chega de violência e criminalidade no futebol! Aliás, chega de violência e criminalidade em nosso dia a dia.....

PS.: Viu querida Silvinha Vieira porque naquela manhã para ir à Arena eu deixei para colocar a nossa linda camisa lá?

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