quinta-feira, 7 de maio de 2015

Criminal Minds 10x22: Protection - Review





“É nossa própria mente, não o adversário ou inimigo, que nos leva ao caminho do mal.” Com esta conhecida citação de Buda o episódio desta semana se inicia trazendo um tipo de delito relativamente comum nos dias de hoje: crimes cometidos por pessoas que possuem doenças mentais. Não raro acompanhamos diversos casos onde o criminoso mata outra pessoa, por estar em um surto psicótico, paranóico ou alucinando. Até pouco tempo atrás, uma doença mental era motivo de internação para toda a vida. Com os inúmeros tratamentos e vasta medicação, não raro pessoas acometidas por doenças mentais conseguem levar uma vida relativamente normal. No entanto, sem acompanhamento ou medicação, estas pessoas podem cometer atos dos quais sequer têm consciência de terem cometido. Este é um dos motivos pelos quais crimes deste tipo tornaram-se mais freqüentes nos dias de hoje. E este é também o caso do unsub do episódio desta semana. 

Diagnosticado com esquizofrenia paranóide, Daniel Lee presencia a morte de sua mãe ( também portadora da mesma doença) que é assassinada a sangue frio. O assassino, sabe-se a seguir, viera matar não a mãe de Daniel, mas muito provavelmente Patrícia, inquilina da casa, mãe de Milena, e ex esposa do criminoso.

A partir da morte da mãe, o nosso unsub, que deixa de tomar sua medicação ( já que não tem mais sua mãe, responsável por este controle ), passa a sentir-se cada vez mais tomado de culpa, responsabilizando a si próprio pelo ocorrido. Isto faz com que ele desenvolva uma necessidade de proteger a todos que estão à sua volta. Alucinando, ele sai matando pessoas que ele acredita estarem colocando outras em perigo. Ao final do episódio ( para os mais experientes e atentos lá pelo meio) descobrimos que também Patrícia e Milena são alucinações, pois ele já as matou anteriormente ( possivelmente por responsabilizar Patrícia pela morte da mãe, visto que ela era o alvo).




O episódio teve um roteiro bem completo e amarrado, deixando bem explicada a motivação de Daniel e as situações que o levaram a matar. Embora lembre vagamente outro episódio de Criminal Minds ( Normal – 04x11), a história é concisa e  funciona muito bem na telinha. Contando com boas interpretações do elenco convidado ( em especial Joe Adler que interpreta Daniel de forma contundente e emocionante, sem cair na armadilha do caricato), por ser uma história relativamente simples, nota-se o esmero de sua produção. Tomadas criativas e boa fotografia ganham mérito onde não há espaço para pirotecnias e muita ação.

Este é um daqueles casos onde não se sabe bem quem é o culpado, visto que pelo trauma e pela doença pré existente, raramente Daniel seria punido com prisão. A morte das vítimas é quase uma fatalidade, visto que não há intenção, por parte do unsub de matar pessoas inocentes. Sua intenção chega a ser inocente, já que ele se acha na obrigação de proteger a todos.....

Ao final, de quebra, fica um gancho para a Season Finale, sugerindo que a sobrinha de Kate Callahan e sua amiga também adolescente serão seqüestradas. Meg sai escondido de casa enquanto sua tia ainda está trabalhando no BAU para ir a um show e pega carona com a suposta mãe de um amigo. Como já foi sugerido no início da temporada, os seqüestradores deverão estar envolvidos de alguma forma com o tráfico de humanos, não se sabe bem ainda para qual propósito. Certamente este será o tom do episódio final desta temporada e o provável desfecho envolverá uma solução para a gravidez da atriz Jennifer Love Hewitt, que ainda não se sabe se seguirá com seu trabalho em Criminal Minds ou deixará a série para ficar com sua filha prestes a nascer. Agora é só aguardar o encerramento para ver se esta temporada, que apresentou episódios de excelente qualidade, consegue um fechamento à altura.

Até a próxima!

Observações:

- As tomadas de câmera e montagem da cena de corrida de Morgan e JJ assemelham-se demais à cena inicial de Out Of The Light ( 06x22 ), quando Hotch corre ao encontro do filho para levantá-lo de um tombo no jogo de futebol, enquanto uma vítima também corre, só que para a morte.

- Garcia continua responsável pelos momentos descontração de Criminal Minds, seja com suas falas repletas de duplo sentido para o agente Morgan, seja com o carinho de comprar pizzas para agentes que ficarão trabalhando até mais tarde.

- Alguém duvida que Kate se consumirá de culpa por não ter evitado o seqüestro da sobrinha, tirando da manga a manjada dobradinha: ser uma boa mãe x trabalhar fora? Em especial porque ela trabalha exatamente para evitar crimes do mesmo tipo?

- Eu sei que falo isto sempre, mas será que alguém tem o endereço dos estúdios Quixote para que eu possa enviar um pente ao Mattheu? Gente, ele não tem mais quinze anos e seu trabalho exige o mínimo de credibilidade! E nem estou pedindo para cortar o cabelo, basta pentear.... Enfim....




Um comentário:

  1. Também gostei bastante do episódio, teve mais a cara de Criminal Minds. Adorei o comentário sobre o Mattheu concordo plenamente. Beijos

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