segunda-feira, 9 de março de 2015

Categorias: Reviews Criminal Minds 10×14: Hero Worship


Escrito por Rick Dunkle e dirigido por Larry Teng Hero Worship não foi um grande episódio. que chega a ser desonesto qualificar qualquer episódio que passasse uma semana após o excelente Nelson’s Sparrow, este sim um episódio nota dez. No entanto, mesmo ignorando qualquer comparação o episódio foi um tanto exagerado, cometendo alguns absurdos e com enredo que não convenceu totalmente.

Em resumo, depois de uma explosão em uma escola de Indiana – Indianápolis com a morte de uma pessoa a equipe é chamada para investigar uma explosão em um Café com a morte de sete pessoas. Durante esta última explosão um homem consegue salvar uma mulher grávida. A princípio os agentes suspeitam da ligação entre os dois atos, sem conseguir saber se trata-se de um ato de terrorismo doméstico ou vingança pessoal.

Quando começam investigar são apresentados a Allen Archer, o tal herói que arriscou sua vida para salvar a grávida, que agora deu a luz e, a mídia cria um enorme sensacionalismo em torno do fato do homem ter salvado duas vidas.

Este homem é casado com a viúva de um amigo Seal que morrera no Afeganistão, cuja memória é cultuada até hoje como um verdadeiro herói. Morgan percebe que as bombas dos dois casos não parecidas, mas não idênticas, e isso os leva a desconfiar de outro suspeito. Neste ínterim Allen sofre um atentado dentro de sua própria caminhonete a noite, quando ao pisar no desembraio aciona uma bomba que explodirá se ele tirar o pé do pedal. Ao chegarem ao local para atender o chamado, Morgan e Reid não esperam o esquadrão anti bombas chegar e em uma cena “emocionante”, mas sem qualquer sentido nosso gênio pede para Morgan “usar sua intuição” para desarmar ele próprio a bomba. Não bastasse isso, frente a fios todos da mesma cor, ele arrisca-se a cortar um dos fios que ele “acha”  ser o fio certo. Ora, todos nós sabemos que embora adore um ato altruísta, mesmo em outras ocasiões em que se recusar sair do local e permaneceu ao lado da vítima quem fez o desarme foi alguém do esquadrão anti bombas, aparatado e para tal operação. Para criar um clima de emoção, o roteiro abriu mão do bom senso sempre presente nas decisões dos dois agentes em ocasiões deste tipo.


  Depois do salvamento de Allen a equipe passa a considerá-lo suspeito da explosão da Cafeteria e chama o casal para prestar depoimento. Tenho gostado muito de Kate quando ela questiona suspeitos. Incisiva, sarcástica e firme, ficou fácil para o suspeito se entregar em um deslize para ela e Hotch. Allen na verdade era um sujeito inseguro que viveu à sombra do amigo que morreu e queria participar de um ato heróico para que sua mulher e enteada orgulhassem dele. Ele confessa ter posto a bomba na cafeteria, mas diz que não esperava que ninguém se machucasse.

Quando eles percebem o remorso autêntico de Allen e sua preocupação com a esposa e a filha dela, chegam a conclusão de que o suspeito que colocou a bomba na escola e na caminhonete de Allen é outro sujeito, irritado com o fato de ter sido colocado de lado com a exposição do “herói” na mídia.

Aí surge outro ponto confuso no roteiro. Embora a cena do Hotch explicando a Rossi sobre a participação do prefeito no plano seja muito boa, não creio que nem com promessas de aprovação popular o político se sujeitaria a isso. Armar todo aquele circo para a mídia entregando a chave da cidade para Allen sabendo que ele fora o responsável por sete mortes criaria para a mídia uma sensação de insegurança quanto à veracidade de futuras matérias. Enquanto isso Penélope gasta seus neurônios para chegar a um suspeito, este sim ligado à explosão na escola. Um professor que, mesmo sendo muito conceituado fora demitido por ter tido um relacionamento amoroso com uma aluna e nem importara o fato da aluna ser maior de idade e a relação ter sido consensual. Revoltado com tal injustiça, o tal professor planeja sair explodindo vários locais pela cidade para chamar satisfazer seu ego e conseguir a planejada vingança. Com a foto do suspeito em mãos, Hotch ainda passará por outro susto antes de prenderem o unsub, já que o mesmo arma uma distração, uma caminhonete dirigida por outra pessoa com uma falsa bomba.

Na verdade, em minha opinião, as melhores cenas do episódio concentraram-se em mostrar a forma como Reid está lidando com seu luto por Gideon e como Rossi procura ajudá-lo com isso. A sacada de usar do jogo de xadrez, um velho hábito dos dois amigos, para absorver e encerrar um ciclo e começar um novo foi muito boa, porque está carregada de simbolismos. Rossi, também em luto e não apenas por Gideon, mas também por Harrison, seu amigo sargento, é a melhor opção para orientar o garoto nesta jornada.

Até a próxima!

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