segunda-feira, 9 de março de 2015

Criminal Minds 10×12: Anonymous


Eu sou mãe, por isto posso perguntar a você leitor, assim como me disponho responder: o que você faria para salvar a vida de seu filho que está a beira da morte?


, antes que a discussão se estabeleça, provavelmente nada parecido com o que o nosso unsub da semana estava fazendo. Muito provavelmente venderia minha alma ao diabo ou coisa parecida, mas não sairia matando alhures, sem qualquer garantia. Mas, sem dúvida, é algo a se discutir.

Nossa equipe é levada a investigar crimes que ocorrem de forma aparentemente aleatória e que, depois descobrimos, não tinham exatamente a intenção de matar. Simples assim, e por este motivo mesmo tão discutível, o caso da semana aborda um pai que vê sua filha, já mãe de um menino pequeno, na casa dos vinte e poucos anos, sucumbir pela necessidade de um transplante de fígado, órgão este que ele próprio tenta doar e foi descartado, por motivos de saúde.

Precisa ser uma pessoa muito insana ou muito à beira do desespero para sair atirando em pessoas, até que uma delas possa, enfim, ser compatível e, servir de doador para um filho necessitado de um transplante de um órgão. Não imagino a infinita lista de loucas possibilidades que exploraria a fim de salvar minha cria, mas não há dúvidas de que deveria ser algo dentro da lei, ou no mínimo, passível de ser aceita na prática. De nada me serviria neste momento tornar-me uma criminosa, sem a certeza do êxito em salvá-lo.
Dito isto, posso afirmar que compreendo, mas não aceito as decisões do unsub desta semana. É muito mais provável que eu optasse por sua decisão final (o suicídio) do que propriamente aceitasse sua decisão de matar inocentes que sequer poderiam ajudar no processo (matar um inocente para salvar um filho somente se tivesse certeza de que isto o salvaria, o que não é o caso no episódio.

Em paralelo temos David Rossi chorando a morte de seu amigo de infantaria: Harrison Scott morreu, porque seu interprete na vida real morreu também. Sabe-se que o ator  Meshach Taylor faleceu em meados de junho do ano passado e que ele era amigo íntimo de Joe Mantegna. Em episódio dirigido pelo próprio, era de se esperar que o ator honrasse seu amigo, e mais, que fizesse menção aos soldados que prestam serviços à pátria. Não é que Joe nutre imenso respeito às pessoas que servem ao seu país, tal qual seu tio o fez na época do Vietnã. Honrar pessoas que prestam o serviço militar em seu país é quase uma obrigação na história de Joe Mantegna, rito que ele segue cegamente em Criminal Minds. Não sei se as pessoas homenageadas sentem-se referidas, mas é fato que Joe mantêm uma solenidade em torno de todos os nomes, mencionados ou não, que ele tenta honrar as pessoas que de alguma forma, deram parte de sua vida à nação.

Visto desta forma, o episódio é elogioso e sentimental, cumprindo seu papel memorial, em torno dos nomes citados. Nunca saberemos ao exato se Joe Mantegna conseguiu honrar às pessoas que desejava, mas é certo que o episódio reverência a todas as pessoas que de, uma forma ou de outra, tiveram seus nomes envolvidos neste momento conturbado da nação.


Como episódio é provável que nunca se solidifique, mas como homenagem, Joe e roteiristas fizeram um ótimo trabalho. Serve para nos lembrar, de uma forma ou de outra que, querendo ou não, iremos honrar nossa pátria, através de nosso nome, gostando ou não desta situação.

Até o próximo episódio!!!!!

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