quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Criminal Minds - 7x16 - A Family Affair - Meus Comentários










   
Um dos grandes méritos da minha série favorita é estabelecer sempre um gancho claro entre o caso que acontece na semana e sua aplicação ( ou não ) nas vidas dos agentes da série. Este episódio foi um exemplo claro e gratificante disto. Para além do absurdo de se descobrir a  disfuncionalidade de uma famíla " padrão" - pai, mãe, filho e laços de sangue, eles nos brindam em contrapartida com a funcionalidade de uma família " não padrão ", formada por amigos ( amigos são a família que a gente escolhe, aqueles à quem os laços sanguíneos nos unem nem sempre são nossos melhores amigos!!).


Sei que teria sido divertido ver as meninas em "ação" ( quem sabe em outro episódio!), mas este em especial tratava sobre outra coisa: sobre Rossi despencar da cama às 4 da manhã em um domingo pelo seu grande amigo para pegar seu filho e levá-lo onde ele precisaria estar, sobre Reid bancar a babá para salvar a noite de suas melhores amigas e, sobretudo, sobre as tres meninas, à despeito do mau humor, das poucas horas dormidas e da ressaca, pelo bem ou pelo mal, estarem todas juntas, para apoiar o chefe ( que ninguém diz abertamente, mas que também, claro, todos já consideram da família). Família é isto. Nem sempre é o grau de parentesco, mas os sacrifícios que você faz em nome de gostar e apoiar alguém. E se sentir bem com isto!!!



 Promo Oficial 7x16


Em paralelo eles mostram uma relação possessiva, psicótica e destrutiva, de pessoas que em algum momento  da vida, viveram a "normalidade" de um relacionamento. Um mãe dominadora, um
pai fraco e submisso e um filho abusivo e psicopata - como a mãe ( a forma como ela diz na mesa que não havia espaço para amar outro filho é doença, não é amor!). Todos no limite. No dia a dia, não é difícil ver uma relação exatamente igual à mostrada, sem os crimes, é claro. Pessoas que em nome de uma suposta relação familiar, sugam a personalidade do parceiro e o transforma em um ser submisso e infeliz, sem qualquer chance de reagir à relação. Isto é mais comum
do que se imagina. E antes de se achar que isto seria improvável de
acontecer, vamos refletir que entre 4 paredes ninguém, ninguém mesmo, sabe o que de fato acontece dentro de uma família, exceto quem vive nela. Quando penso naquele caso em que o pai manteve a filha em cativeiro por 20 anos e teve até filhos com ela, penso em quantas vezes ela teve a chance de fugir e não acreditou que conseguiria de fato. 





Quanto ao episódio, teve tudo o que eu gosto: a recomposição da cena da van em tempo passado, o erro no perfil ( não gosto quando acertam de primeira), as considerações para chegar ao perfil ( claro que ainda mais agora, a JJ tinha que acertar na mosca, ela vai "herdar" o lugar da Emily!).
Kathy Baker (adoro ela!!, faz vilãs como niguém!) deu um show e o rapaz fazendo o psicopata que pouco se importa e nada sente, também não deixou a desejar! O pai submisso me cortou o coração!!! Quando a mulher diz a ele que estava na hora, achei que ele ia meter uma bala na cabeça, mas o suicídio no carro fez mesmo mais sentido!






Em casos assim, fica difícil você esconder o unsub do público, porque eles precisam explorar a relação entre eles. Por isto não me
importo com a falta deste tipo de suspense. 

Por fim, quanto ao Hotch, tudo ao meu ver teve seus méritos (lembrando meu discurso anterior, preferia a Emily, mas já que não é com ela....,vamos seguir em frente!).


A estória dele teve começo, meio e fim ( o primeiro contato, os encontros recorrentes no parque, o primeiro encontro formal e a apresentação ao filho e à seus amigos, que em síntese, são sua família). Está  tudo aí, e agora ele é um homem em uma relação
e tão cedo não precisarão mais falar sobre isto. Antes que alguém me
diga, em série você não precisa  mostrar muito. Quando eles mostram a cara de surpresa do time quando ele vai ao encontro de Beth e só Rossi sorri, eles deixam implícito que de fato só o Rossi esperava a evolução da coisa  (no avião: - você está nervoso? , ainda dá para desistir, e,  ele: estou pronto, talvez! , refere-se à apresentar Beth ao filho e amigos, é claro, não à competir). E quando ele diz que iriam comer alguma coisa, óbvio que esta seria a oportunidade ouro para apresentá-la aos amigos - nada mais família! Tudo super bem amarrado, sem brechas para dúvidas no futuro.







Destaque para Reid dizendo: o que pode acontecer por duas horas?  E depois cobrando às meninas por terem chegado de manhã!

Ponto por terem dado uma desculpa para a ausência do Will ( meu marido iria odiar saber que saí para a farra e deixei meu filho pequeno com um amigo durante uma viagem dele de trabalho, mas , claro, sou de uma geração diferente da maioria de vocês!).

Ponto por terem levantado a possibilidade do Hotch estar ausente durante a corrida - mesmo sabendo que ele estaria lá - senão não teria o episódio, sempre tem alguém dizendo que ele  nunca tinha tempo!( levantaram também esta possibilidade).

Por fim, os roteiristas têm lido fics demais. Tudo o que a gente escreve ou lê estava lá: o Jack chamando o Rossi de " tio", as meninas saindo para se acabar na noite, o Reid de babá, o Jack lindo e fofo contando como fez o cartaz, os encontros casuais da equipe nos fins de semana, o Hotch de shorts de lycra - bem aqui preciso confessar, pensei que isto SÓ VERIA em fics mesmo!, ehehe, não é
que eles arrumaram um jeito?, o Hotch educado tomando café... ( bem, nas que eu leio/ escrevo, o café é com a Emily, mas tá valendo!), enfim, exceto pelo fato de que a relação não era H/P, de resto, eles fizeram a lição de casa. Bem até demais! Me senti numa fic da Greengirl82 ( as minhas são sombrias demais para este
tipo de cena! kkk). Por isto sempre digo : cuidado com  o que se deseja!

Posso ser a voz destoante, mas ainda acho que a sétima temporada está
arrasando! O meu medo de a série desandar é mais pela queda da audiência pela saída da Emily ( por gente descontente com a saída dela) do que pela dinâmica da equipe, por assim dizer.




O que seria lamentável, porque ao meu ver, CM ainda tem muita lenha para queimar!!!! Espero que eles consigam se reinventar mais uma vez e aceitem que não tem que substituir a Emily. Deixem a equipe com uma profiler a menos e tudo vai se encaixar.


Só mais uma coisa: ponto por terem colocado o Thomas totalmente sem folego no final da corrida ( e encharcado) e não como quando ele encontra a Beth na primeira vez, seco e



 

como se tivesse corrido 15 metros ( que é o que o ator deve ter corrido, eheh!). Estas coisas parecem pequenas, mas no conjunto, acabam valorizando detalhes que nós, fãs mais atentos, cobramos. Não basta borrifar água no ator para parecer suado. Isto qualquer um faz.  E legal ele não ter abraçado o filho molhado daquele jeito. Eu totalmente me atiraria molhada de suor em um momento de felicidade nos braços do meu marido, nunca do meu filho, ehehe! ( a roteirista deve ser mãe!, ahaha!).

Enfim, espero ganhar de aniversário outro ótimo episódio ( vai ser difícil bater o do ano passado, foi o episódio da morte fake da Emily - que apesar da saída dela - e eu tinha CERTEZA que ela voltava, foi um episódio daqueles que eu chamo de memoráveis).

Esperando o próximo, pessoal!
Bjos!

PS.: onde escrevi café lá em cima, leia-se chá! É que com a Emily q ele só toma café, LOL!!!!


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