sábado, 26 de janeiro de 2013

Criminal Minds - 8x13 - Magnum Opus - Meus Comentários



Espetacular!

A única palavra que encontro para definir este episódio.

Se no episódio anterior, na morte da namorada, tivemos angústia e sofrimento em forma de ação e dinamismo, neste, que trata sobre o luto, tivemos a mesma angústia e sofrimento de  forma quase silenciosa. O tom do episódio foi baixo, as cores escuras, a morte tratada como poesia aos olhos do unsub e aos olhos de quem acompanhou a jornada de sofrimento do Reid, sejam seus companheiros de equipe, sejamos nós, telespectadores.


 Promo Oficial 8x13


A narração do caso como fio condutor para o contato com Reid, margeando sua recuperação, mostrou de forma eficaz tanto o apoio dos colegas quanto a característica principal de um personagem que  buscou forças no compromisso com seu trabalho para erguer-se do vácuo em que se é jogado em uma situação destas. A fragilidade das conversas, a necessidade de se saber que ele estava melhor ( embora eu odeie dizer, não gosto quando a Garcia força demais a barra mas, esta é a cara da personagem, é como ela é, eu posso estar cheia dela pegar sempre pesado, mas é coerente com o que define a Garcia), a sacada do Morgan em saber que Reid não responderia a um apelo emocional, mas não resistiria a um caso interessante, onde pudesse contribuir, tudo foi na medida certa. Até a referência ao caso do Hotch com a morte da Haley, no momento em que o Rossi diz que pôde se despedir da ex e não podia imaginar como era não poder, e então ele percebe que, de certa forma, Hotch também não pôde. E, ninguém melhor que o próprio Hotch para dizer que não sabe quanto tempo leva para se ficar bem, mas que eles estarão todos lá para Reid, como eles estiveram para ele próprio.

Quanto ao insub, embora totalmente doentio, encaixa-se na coisa da dor, do  sofrimento, do quão quase poético é a dor que a morte deixa em quem fica ( isto fica bastante evidente na citação sobre o pintor  do quadro abstrato que via a filha morta enquanto pintava). Claro que, mais uma vez, o caso acaba meio que resolvido mais rápido do que  o esperado, para que haja tempo hábil para se tratar do assunto do Reid e suas consequências. que se passar por cima do fato de que, nem com mágica, dava para a Garcia encontrar o unsub entre os artistas rejeitados, que trabalhavam no meio artístico, eram hemofílicos e doadores universais, tudo num tapa só. Paciência. Todo o resto valeu a pena. 





O texto acertado, a sutileza nas interpretações ( de todos eles, sem exceção), a fotografia e iluminação perfeitas e a edição, trazem o clima do luto para dentro de nós durante todos os 42 minutos de exibição do episódio. De brinde, ainda, uma piada velada sobre os anos 80 entre Rossi e Alex que só quem viveu nesta época pode entender ( estes foram anos estranhos, para dizer o mínimo).

Um contraponto perfeito para o episódio anterior, cheio de adrenalina e ação. E uma resolução eficiente para cobrir o período do luto do Reid. Foi o que faltou, na minha opinião, no caso do luto do Hotch. Eu sempre defendi que eles deveriam ter explorado mais a dor do luto, principalmente por ter sido ele o responsável pela morte da ex. Desta vez eles souberam aproveitar a oportunidade, sem tornar a situação piegas demais, mas abordando com sensibilidade um personagem que há muito merecia uma storyline à sua altura.





Escrito por Jason Bernero, não nega filho de quem ele é - alguns dos melhores roteiros de Criminal Minds foram escritos por seu pai ( Ed Bernero) de quem,aliás, ele  puxou   também  a   incrível semelhança física.

Com roteiros desta qualidade, se não houver uma debandada dos atores/atrizes na hora de renovar o contrato ( por motivos particulares dos próprios), Criminal Minds terá ainda vida longa.

Que venham os próximos!!!

Até,


Em tempo:

* O apartamento do Reid é a cara dele, ponto para o departamento de cenografia ( art director e set decorator ) que, segundo o próprio Jason Bernero em chat um dia após apresentação do episódio, foram os responsáveis pela criação do ambiente.

* A cena final no apartamento, a ajuda dos amigos e a frase final  ("As  vezes, o mais difícil não é  esquecer, mas   ao   invés disso, aprender a recomeçar" - Nicole Sobon ) merecem menção honrosa como um dos melhores encerramentos de episódios da série inteira. Diz milhares de coisas com 6 ou 7 segundos de imagem. Primorosa.

*  As pinturas em "sangue" eram realmente obras muito semelhantes às pessoas assassinadas. Chegaram a dar medo. 

* Devo dizer que a personagem Alex tem sido introduzida de forma simpática e muito eficaz, ela traz maturidade e equilíbrio para um território que antes era apenas explorado pelo próprio Rossi. E, Jeanne Tripplehorn encontrou o tom certo para sua personagem.
 
* Por fim, para quem não acompanhou o chat com Jason Bernero, Beth está por voltar para mais um episódio. Será que minha profecia se realizará e será o começo do fim de Hotch na série? ( Nunca torci tanto para estar enganada....a saída dele será uma perda incrível para Criminal Minds...). 
Meu palpite, como já disse por aí, não de hoje, verdade seja dita, bem antes de todo o problema do ator com a prisão, é que ele estaria indo morar com a Beth em NYork. Desde a ida dela em definitivo para Scandal, que ela assinou um episódio a mais para Criminal Minds para algum momento da oitava temporada. Sempre achei que eles estavam guardando este episódio como um coringa para o caso do Thomas não renovar no final da temporada e eles poderem dar um final decente para o personagem. 
Talvez os fatos com o ator apenas acelerem este meu palpite. But, queira Deus que Débora Dináh esteja errada desta vez.....

Até, ... de novo! 

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