terça-feira, 11 de novembro de 2014

How To Get Away With Murder 01×03: Smile… Or Go To Jail


Usando e abusando de uma montagem dinâmica e cheia de recursos, o terceiro episódio de HTGAWM já deixa que a toada que irá seguir será mesmo a de dois plots, tendo sempre um caso da semana e o caso arco que envolve os dias atuais, onde os estudantes escolhidos são os responsáveis direta ou indiretamente pela morte de Sam, o marido da Annalise.

Aos poucos, vamos recebendo mais informações sobre cada um dos membros do time formado pelos alunos de Annalise. Com relação ao crime por eles cometido já ficamos sabendo que Rebecca teria atingido Sam na cabeça e que os demais alunos deveriam estar presentes no momento do assassinato ( com exceção de Asher). Isto nos leva a crer que em algum momento durante a acusação de assassinato de Lila, Rebecca teria cruzado com Sam e eventualmente se envolvido com ele. O grupo também lembra-se ao tentar livrar-se das provas de que a enorme fogueira que ardia na praia durante a festa na universidade deveria ser seu melhor álibi, portanto não deixa de ser irônico que em um momento tão difícil eles tenham que voltar à festa e tirar várias fotos como forma de sustentar que eles estavam se divertindo muito com os amigos todos reunidos no mesmo local.

Keating é chamada pela reitoria da Universidade a defender Griffin O’Reilly, estudante e jogador, filho de pai rico e influente que conta a eles a sua versão dos fatos, dizendo que havia tido relações com Rebecca e que esta matara Lila. Em razão de uma atitude nada elogiável de Wes, que falsifica uma carteira de advogado para ter acesso a Rebecca, e com um discurso de defender os menos favorecidos, a advogada é fisgada pelo desafio de defender a moça, que ao final do episódio descobrimos já ter assumido sua culpa em depoimento em vídeo.

Quanto ao caso da semana, Annalise é chamada a defender uma esposa pega oferecendo favores sexuais em público, mas logo o caso ganha desdobramento e todos irão descobrir que a esposa Paula Murphy, no passado respondendo pelo nome de Elena Aguilar era procurada pela polícia por homicídio. A acusação referia-se à explosão de uma bomba em 1994, em um protesto antiglobalização, onde todos os envolvidos já haviam cumprido pena, menos ela.

É interessante a analogia que o roteirista faz entre a esposa entediada que descobre sentir falta da adrenalina que o julgamento traz de volta e a própria advogada, que sente-se presa em um casamento sem amor, sem emoção e cuja suspeita de traição a faz procurar pelo próprio amante para saber se seu marido poderia estar envolvido na morte de Lila. E, ao final, a grande diferença entre as duas mulheres: a acusada, que deixa marido, filhas e uma vida de conforto para trás e foge com o mentor do crime, anistiado de sua pena por depor contra ela e Annalise, na de uma aliviada esposa e profissional ao saber por seu amante que Sam tinha álibi sólido para a data do crime de Lila. Apenas o telespectador fica sabendo que na verdade o detetive Nate atestou exatamente o contrário, que Sam nunca estivera onde alegara estar e não tinha qualquer álibi para o dia do assassinato da aluna. Fica para nós imaginarmos que a contradição de informações é cortesia de um homem ferido que sentiu-se usado e quer vingar-se.

É claro que a partir daqui deveremos ter mais e mais informações sobre como o assassinato de Lila levou os alunos ao assassinato de Sam, mas já dá para inferir também, que nada será exatamente o que parece.

Até a próxima, pessoal!

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