terça-feira, 11 de novembro de 2014

How To Get Away With Murder S01E07: He Deserved To Die


Há uma conhecida citação de Robert Frost que diz: “ Um júri é um grupo de pessoas escolhidas para decidir quem tem o melhor advogado!”. Neste episódio não houve um júri, mas com certeza houveram vários advogados dando o melhor de si.

Em um episódio onde o caso da semana foi o apenas e tão somente o próprio plot da série, o destaque ficou por conta de quem conseguiu obter maior vantagem jurídica dos acontecimentos. Pudemos, desta forma, conhecer mais alguns detalhes do assassinato de Lila e da vida pessoal de Annalise.

O advogado  de Griffin ( Greg Germann, o eterno Richard Fish de Ally McBeal nos anos entre 1997 a 2002) entra com um pedido de nova autópsia em Lila, justificando que foram agora encontrados sinais que poderiam ser marcas de unhas e, uma vez que como esportista seu cliente tinha as unhas sempre cortadas rentes ( ?? ), seria provável que em novo exame pudesse se apurar de quem seriam as unhas ( em nítida tentativa de incriminar Rebecca). Neste ponto Keating esclarece ao seu time ( para que nós saibamos) que peritos podem ser “contratados” e podem dar laudos de acordo com o desejo de seu contratante, tática esta  que ela define como “corrupção”.

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É neste ponto que a promotora se faz de amiga e parte interessada, dando a Annalise a dica de que o tal perito a favor de Griffin era conhecido por seus depoimentos duvidosos, em geral, sempre a favor do advogado que o convocava. Eis aí uma coisa que questiono. Será que uma advogada tão escolada como ela nem consideraria a possibilidade de estar sendo manipulada pela promotoria? Alguém com sua experiência deveria esperar que a promotora não lhe faria gentilezas apenas porque foi com a cor dos seus olhos. Achei muita ingenuidade de Annalise, pois qualquer um com um pouco de malícia perceberia o clichê, enfim…

Outra cena desnecessária para mim foi Keating voltar a pedir a ajuda de Nate. Às vezes acho que entre as trapalhadas do marido e as patetadas com o amante ela não tem qualquer amor-próprio. A cena apenas serviu para termos certeza de que Nate nunca a perdoou por ter sido traído por ela ( o  que fez com que ele perdesse o emprego) e está fazendo de tudo para assistir de camarote a casa cair e ela dançar de vez.

Como parece que tudo acaba girando em torno de ( não necessariamente consumado, eventualmente apenas uma boa cantada) nossa protagonista manda os meninos à luta em um bar para flertar e assim, arrancar informações sobre a ação da promotoria. E é desta forma comum ( onde alguém sempre fala mais do que é permitido) que eles descobrem um acordo velado entre a promotora e o advogado de defesa de O’Really, de forma a isentar o rapaz e conseguir uma condenação para  Rebecca. Em mais  um procedimento questionável Annalise dá a entender a Rebecca que se ela vazar alguma coisa sobre o outro acusado isto pode favorece-la. E, assim, Rebecca deixa “escapar” que teria sido estuprada por Griffin, descumprindo a ordem de sigilo, mas, ainda assim, obrigando a promotoria a desfazer o acordo com o advogado do rapaz.

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Nate neste ínterim aborda Rebecca e pede à moça que o ajude a condenar Sam pelo assassinato de Lila. Enquanto isso Bonnie informa Annalise que a nova autópsia teria identificado as marcas no pescoço de Lila como sendo picadas de formiga e, que, a autópsia anterior deixara passar o fato de que Lila estava grávida de seis semanas. Sabendo que hoje se pode fazer exame de DNA do cordão umbilical, tanto Sam como sua esposa devem ter gelado com a informação.

Outras considerações:

§  Não deu para não rir ao ver Asher agarrado ao troféu respondendo a perguntas durante a aula. Seu personagem, cada vez mais bem construído, vai do ingênuo ao patético no episódio sem qualquer dificuldade e de forma verossímil. A sua infantilidade em acreditar que a posse do troféu seja de fato uma enorme recompensa pelo seu empenho beira o ridículo.

§  Seu quase desprezo por seus alunos, leva Annalise a confessar que já fez  ( um?) aborto.

§  E o que dizer da cara de Michaela ao descobrir que sua entrevista não era de emprego e sim, para assinar um acordo pré-nupcial ( gente, eu sou tolerante com as licenças poéticas, mas que raio de noivo não avisa sua futura esposa sobre o assunto?). Só eu achei absurdo ela ir até o advogado sem saber sobre o que se tratava?

§  Depois de dormir com Rebecca, Wes, entre outras confidências sem importância conta à namorada que mãe suicidou-se quando ele tinha doze anos. Achei que esta informação pode esclarecer um pouco da personalidade protetora do rapaz, não apenas em relação à Rebecca, mas como um todo.

§  Laurel e Kan, Laurel e Frank. Quem no final das contas vocês acham que vai se dar mal na brincadeira da menina? Eu aposto em Kan curtindo uma dor de cotovelo….

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§  Outra cena meio gratuita no episódio foi Connor voltar a procurar por Olive depois de transar com Julien no banheiro de um bar. Como são muitas estórias paralelas acontecendo ao mesmo tempo, não há oportunidade para aprofundar muito cada estória e só podemos deduzir  que, ao transar com seu antigo caso, Connor sentir falta de algo mais profundo.

§  O episódio teve dois momentos impagáveis:

 - a veia cômica de Asher, inconformado com a facilidade com que Connor é assediado sexualmente, rendendo o seguinte comentário: ( para Connor): “- Você esquece o nome dele e ele quer transar com você? Você tem o quê? Um pênis vodú?” ( E, em seguida para Michaela que acompanha a cena) “- Ah, eu odeio não ter nascido gay…”  e, 

  -  a personalidade forte e decidida de Annalise, respondendo à promotora que a manda rezar para que as unhas no corpo exumado não sejam de sua cliente: “- Rezas são para fracos. Acabarei com você no tribunal!”.

De forma geral foi um bom episódio, com boas interpretações. Vamos aguardar para saber o quanto a de Lila irá comprometer Sam e ver até onde Nate consegue levar as evidências a fim de vingar-se de Annalise, entre outras coisas.

E vocês, o que acharam do episódio? Deixem seus comentários!

Até a semana pessoal!

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