terça-feira, 11 de novembro de 2014

How To Get Away With Murder 1×05: We’re Not Friends


Aos poucos How To Get Away With Murder vai adquirindo novos contornos. Embora não se tenha tido um grande número de informações novas sobre como os alunos se envolveram no assassinato de Sam, outros fatos, agora envolvendo o assassinato de Lila começaram a ser discutidos e, é quase certo que ambos estejam ligados.

Mas convenhamos, o grande trunfo da série continua sendo o incrível desempenho de Viola Davis, que confere à sua Annalise uma gama variada de sentimentos e atitudes que provavelmente prenderia nossa atenção mesmo com um fraco roteiro. O show é dela. Sempre. Seja ao saber que seu amante mentiu e que ele a odeia, seja emboscada por Wes, tentando esquivar-se de ter que falar sobre o que fazer com o que encontraram, seja em confronto direto com Sam, no desgosto da certeza de ter sido por ele traída ou na incerteza de saber se ele matou ou não Lila. Viola é um camaleão. A personagem finamente desenhada para dominar em campo ( no tribunal) o que não consegue controlar em sua vida particular ganha o reforço estético de maquiagem e peruca, que de forma inteligente cria a metáfora de uma armadura, envergada no campo de batalha. Não por acaso, ela enfrenta seus demônios despida dos artifícios. Em confronto com o marido ou acuada por Wes quando desmascarada ao final do episódio, sua Annalise encontra-se enfraquecida e desguarnecida de argumentos para ampará-la. E, , tudo isto é em grande parte mérito da atriz, que abandona pudores para tornar crível sua personagem.

Esta semana tivemos um filho que mata o pai, policial apoiado pela corporação, que, segundo as suas palavras e de sua mãe, cometia frequentemente agressão física e psicológica contra os mesmos. Em aula com a professora Keating, aprendemos que, em um caso assim, resta apelar  pela escolha de um júri que os favoreça emocionalmente, já que não dá para negar o crime. É aí que eu provavelmente tenha mais dificuldade em entender argumentos, pois entendo muito pouco de leis. Não sei se é artifício dramático ou realidade, mas não entendo como um caso que poderia acabar em pena de morte se transforma em penalidade cumprida com cestas básicas ou coisa parecida, apenas com uma informação fornecida pelo júri (que se entendi bem, ficou sabendo que poderia julgar, não levando em consideração a lei, mas o sentimento de justiça). Sei que muita gente nem liga bem para o funcionamento do caso e sim o impacto criado com a reviravolta, enfatizando a eficácia e brilhantismo de Annalise e sua equipe, mas eu ficaria mais satisfeita com uma explicação um pouco mais coerente ( em The Good Wife temos reviravoltas jurídicas imensas, mas sempre mais convincentes, tornando a ação mais plausível para o telespectador).

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Pode ser que a geração videoclipe até goste, mas para mim já deu aquela imagem da moeda subindo e da membro de torcida caindo para o colo de alguém, com outros takes curtos do crime e fuga dos alunos. Eu sei que ao final, na elucidação do caso a imagem ficará linda e completamente preenchida, mas para mim sempre fica um gosto de agora vem algo importante e o que vem é uma informação pouco relevante. A única coisa nova realmente tem sido o desenho feito em cima da personalidade de Laurel, o que para mim já era meio óbvio. A surpresa ( nem tanto) ficou por conta de Rebecca ter identificado Sam pela foto ( isso era evidente, só surpreendeu pela forma que foi feita – o papel de parede). Como eu disse antes, a mesma cena feita por outra atriz menos abençoada em talento teria tido efeito menos surpreendente. Espero apenas que os episódios parem de depender tanto apenas de Viola e outros intérpretes e apresente um pouco mais em conteúdo.

Outras considerações:

§ Lisa Weil é uma atriz surpreendente. Da histérica interpretação de Paris, a melhor amiga de Rory Gilmore até a construção de Bonnie, cujo trunfo são os “olhares e silêncios” constantes em  sua atuação que funcionam mais que mil palavras, ela demostra evolução e amadurecimento esperados por alguém de sua idade.

§ Matt McGorry continua sendo um enigma. Por enquanto, seu personagem não tem quase sido desenvolvido, então não dá para ter certeza, mas não sei se o ator segura uma subida de categoria. Para mim o ator é fraco, inexpressivo e, embora não esteja se exigindo demais dele até agora, temo porque o acho fundamental para a estória. O que foi ele tentando esboçar emoção diante da anulação de caso e do discurso de Annalise para o seu cliente?

E vocês, contem-me o que acharam do episódio?

Até a semana!

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